sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Buenos Aires - 1º dia. Chegando...

Olá muchachos, que ta?! Resolvi descrever de forma "blogueira" minha experiência na recente viagem à Buenos Aires, Argentina. Espero que seja útil.

Eu e minha amável esposa que se llama "Claudia", ops, ainda estou com a síndrome do portunhol, rs, embarcamos na última sexta-feira, dia 29/07/11, com destino à linda cidade de Buenos Aires, com conexão em Porto Alegre. Devido à conexão do voo, ao todo foram 6 horas de viagem.

No aeroporto de Congonhas, no momento do embarque, procurei um posto da receita federal para declarar minha câmera fotográfica, porém, me disseram que, como o aeroporto não é internacional, eu teria que fazer isso no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

Chegando lá, procurei o tal do posto da RF, e diferente do que tinha lido em blogs e no próprio site da receita, não é mais necessário o preenchimento do formulário de "Declaração de saída de bens temporária". Puxa, que legal! Mas como sempre tudo tem um porém, você precisa levar a nota fiscal do seu bem para poder comprovar. Olha só que beleza! Quem disse que eu tenho Nota Fiscal, e mesmo que tivesse, você levou!? Eu não!...rs

Assim, conformado com a situação, fiquei queto e disse ao fiscal. OK! Muito obrigado pela informação e segui meu rumo, na expectativa que desse tudo certo na volta. Depois relato o que aconteceu na volta.

Episódio Imigração

Estávamos apreensivos na chegada à Argentina, pois eu não tinha passaporte e meu RG não era tão recente, já que a expedição era de 2000 e eu estava ainda mais com cara de “moleque”. Mas fazer o que, tínhamos que tentar a entrada.

Logo no aeroporto no Brasil, ou mesmo a bordo da aeronave, a companhia aérea entrega um formulário de imigração, onde você deverá preencher seus dados, seu destino, motivo da viagem, etc.

Ao desembarcar no aeroporto internacional de Ezeiza, são formadas as filas de imigração e nos apresentamos em cabines parecidas com caixas. Eles analisam sua documentação, observam se está tudo ok com o formulário de imigração, carimbam uma via e lhe entregam. Essa via é muito importante ser guardada, pois ela será seu passaporte de saída do país e será solicitada na ocasião! Portanto, guarde bem!

Por sorte fomos atendidos por um fiscal muito gente boa, ele nos deixou passar sem grandes questionamentos.

Passada a burocracia, estávamos livres em território argentino, e como não poderia ser diferente, ao sairmos da aduana somos “jogados” diretamente no Dutty Free, rs. Claudinha, meu amor, maravilhada com as ofertas, foi direto às compras.

Quando fomos pagar, uma cena confusa.

Episódio Moedas $$

Ao comprarmos alguns produtos no Dutty Free, recebemos o valor total em dólar. Fiz o pagamento em reais e recebi de troco dólar e pesos. Nossa! Que salada! Pois é, fiquei extremamente confuso e pensei, será que em todos os lugares seria assim? Ficar constantemente fazendo cambio para ver se o troco está certo?

Graças a Deus não, acho que o cara do Dutty Free queria me confundir!

Respondendo à pergunta: Qual a quantidade e o tipo de moeda que levo para Argentina?

Passados os dias, percebemos que em Buenos Aires o que manda é o Peso Argentino mesmo. Uma ou outra vez são aceitos dólares, principalmente em lojas. Fora disso, não se utiliza.

Sendo assim, para tudo o que se faz lá, a garantia de aceitação é o Peso. Em restaurantes, transporte, compras, ingressos, etc. Portanto, leve a maior parte em pesos e poucos dólares. Se possível compre os aqui no Brasil que a cotação é melhor e troque-os lá, quando necessário. Foi isso que fizemos e deu muito certo.

Para “cambiar” dinheiro, nós fomos ao Banco Meridian (Calle Florida X Perón), pegamos uma rápida fila e trocamos a uma cotação de 4,10 pesos o dólar. Muito boa!

Tentamos algumas vezes sacar dinheiro, pois existem bancos brasileiros lá também (Itaú – Avenida Nove de Julho e Bradesco Avenida 25 de Mayo), porém minha conta do Itaú não permitia saques no exterior.

Como sou marinheiro de primeira viagem, não me lembrei de habilitar isso aqui no Brasil, mas vale a dica. Habilite conta e cartão de crédito para utilização no exterior.

Sobre o cartão de crédito, ele é aceito principalmente em restaurantes. Os lojistas não gostam muito desse tipo de pagamento, preferem dinheiro. Então use-o quando possível, pois é uma boa opção quando o dinheiro está acabando. Lembre-se que existe o IOF sobre o total de compras.

Ao sairmos do Dutty Free, solicitamos um taxi no Taxi Ezeiza, pagamos um valor fechado de ARS 140,00 e fomos ao para o hotel.

Um detalhe, quando saímos de dentro do aeroporto, quase paralisamos com o frio. Estava 5,2°C. Uma coisa curiosa é que lá eles medem a casa decimal da temperatura! Não entendi o porquê, mas blz...

O Aeroporto de Ezeiza fica bem distante do centro de Buenos Aires, parecido com Cumbica em relação a São Paulo.

Chegamos ao hotel Íbis Congresso por volta de 1h00 do sábado, fizemos o check-in tranquilamente, sendo muito bem recebidos pelo atendente na recepção.

Perguntei à ele, ainda com receio de que ele não entendesse nada o que eu estava perguntando, como fazia chamadas internacionais para o Brasil. Muito educadamente me respondeu que bastava discar 00 + código do país + código da cidade + número.

Episódio Idioma

Sobre este ponto, foi muito tranquilo! Pensei que passaria algum tipo de constrangimento ou apuro, mas los ermanos nos entendem muito bem. Você não precisa ficar tentando falar a língua deles, pois só deles olharem para sua cara, já sabem que você é brasileiro.

Em alguns momentos da viagem, alguns cidadãos argentinos nos perguntavam já de bate pronto "De que lugar do Brasil vocês são!?" sem ao menos saberem se de fato éramos brasileiros. Muito curioso.

Perguntei à uma vendedora como eles sabiam que éramos brasileiros e ela me respondeu "Amigo, 90% das pessoas que passam por aqui são brasileiros, então, a probabilidade de eu errar é muito pequena!". E de fato é isso realmente que acontece.

Outra coisa também é que, como a Claudia diz, todo brasileiro vem com um espanhol básico embutido, rs, basta você fazer um pouquinho de esforço que você consegue se fazer entender.


Algumas palavras muito engraçadas que vimos por lá:

Os smurfs - Los pitufos

Para dores de barriga, Buscopan - Dolores de panza, Buscapina

Sem parar (pedágio) - Telepeaje (Se lê telepearre)

Metrô - Subte

Após as informações fornecidas pelo atendente, ligamos para o Brasil para avisar que estávamos vivos e em seguida, fomos dormir, pois estávamos exaustos e no dia seguinte, tinhamos um roteiro puxado para fazer.

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