segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Buenos Aires – 3º dia. San Telmo, Recoleta e Episódio Café Tortoni

Depois de um sábado agitado e de muita andança, acordamos no domingo para mais um dia de turismo urbano.

Após tomarmos um “desayuno” reforçado com muita “medialuna” (nosso croassaint) e Dulce de leche, fomos visitar alguns pontos turísticos próximos ao nosso hotel como o Teatro Colón e o Obelisco, ambos localizados na “Avenida Nove de Julio”.

Fotografamos o local e em seguida tomamos um taxi em direção ao bairro de San Telmo, onde aos domingos ocorre uma grande feira de artesanato e artigos antigos.

Chegando a San Telmo percebemos o quanto essa feira é famosa. Ela estende-se por mais de 10 quarteirões pela Calle Defensa, a principal rua desse bairro, onde uma multidão anda maravilhada apreciando e consumindo os produtos lá vendidos, desde talheres de prata, quadros antigos, couro, cachecóis, luvas, entre outros.

Eu e a Claudia não gostamos muito de coisas antigas, então logo paramos em uma cafeteria Havanna para tomarmos um chocolate quente, pois para variar, estava um frio de rachar.

Andamos pela feira até o final, que se desenrola até a Plaza de Mayo, onde se encontram alguns pontos turísticos que visitamos no dia anterior. Assim, decidimos pegar um taxi em direção ao bairro chamado Recoleta.

Chegando lá, como não poderia ser diferente, existe mais uma feira de artesanato e produtos locais, para que mais uma vez, os brasileiros deixem seu rico dinheirinho.

Dessa vez, não perdemos muito tempo andando por essa feira, e, mais uma vez sugeri à Claudia um passeio diferente (ela quis me matar parte 2). Dessa vez, passearmos pelos corredores gelados e sinistros do Cemitério da Recoleta.

Antes de sairmos do Brasil, eu havia pesquisado sobre o cemitério e estava nos meus planos perdermos algum tempo conhecendo esse movimentado ponto turístico de Buenos Aires. E valeu a pena!

Diferente da maioria dos cemitérios aqui de São Paulo, o cemitério da Recoleta possui em sua maioria Mausoléus com 2 metros de altura em média, onde estão sepultadas as principais celebridades argentinas.

Fotografamos alguns corredores, lápides, inclusive do túmulo de Eva de Perón, que estava fazendo aniversário de sua morte. Em um momento, pudemos observar túmulos onde alguns caixões ficam expostos atrás de vidros, com as fotos dos falecidos, para que as pessoas possam fazer suas homenagens. Achamos isso muito esquisito e diferente!

Explorado mais este local, andamos por algumas ruas da Recoleta, como a Avenida Alvear onde se encontram lojas das principais grifes da moda, como Louis Vuitton, Versace, Emporio Armani, entre outras, conhecemos o shopping Buenos Aires Design, que possui lojas de movéis e objetos decorativos, e o Hard Rock Café.

Como a maioria do comércio estava fechado e o cansaço e a fome batendo, decidimos tomar um taxi e provar o famoso chocolate com churro que é servido no tradicional Café Tortoni, na Av. de Mayo.

Chegando lá, pegamos uma pequena fila na entrada, acho que o garçom deixa o pessoal de pé de propósito, pois havia lugares vazios lá dentro, parecido com o que fazem nos bares de São Paulo no sábado à noite, mas logo entramos.

O interior do local é muito bonito, preservado desde sua inauguração em 1858, o local nos mostra uma nostalgia sem igual. Com lustres, mobiliário e todo um clima retro, não há como não apreciar o clima que o lugar proporciona.

Pois bem, vamos ao cardápio. Pedimos o tal chocolate com churros, acompanhado de uma torta de “Jámon y Queso” (Presunto e Queijo) e algumas “medialunas”.

Episódio Café Tortoni

Após o garçom nos servir, degustamos nossa refeição enquanto conversávamos sobre os passeios que fizemos naquele dia.

Junto com a refeição, o garçom nos deixou a conta também, sem que eu houvesse solicitado. Ao terminarmos, observei algumas pessoas pagando diretamente no caixa. Então pensei “Ah, vou pegar a conta, pagar no caixa e tudo ok!”. Foi o que fiz.

Feito o pagamento, recolhemos nossas coisas, dei um “Até luego!” ao porteiro do café e fomos caminhando para o hotel.

Após termos passados algumas quadras, a Claudia percebe que o garçom vem correndo igual um louco. Ela pensou “esquecemos alguma sacola, ou algum objeto”. Nesse momento o garçom resmunga “Saistes sem pagar La conta!”. Falamos, como assim? Não senhor, pagamos a conta no caixa, pois havia trazido e deixado na mesa sem que tivéssemos solicitado. Como vimos outras pessoas pagando no caixa, fizemos o mesmo.

E o garçom continuou resmungando “Terias que ter pagado a mim!”.

Demos risada da cara dele, pedimos desculpa e dissemos: “Ok, da próxima vez diga ao caixa que não receba o dinheiro então”. E continuamos para o hotel.

Depois, parando para pensar, percebemos que pagando dessa forma, não deixamos “La propina” a ele. Por esse motivo talvez, ele foi que nem um louco atrás de nós e não consultou nem o caixa, nem o porteiro que havia visto o pagamento. Que situação!

Passada nossa indignação, neste dia fizemos nossa “cena” no próprio hotel, onde pedimos um prato de massa para a Claudia e um “Ojo de bife” para mim (nosso famoso medalhão de filé mignon).

Após o jantar, terminamos mais um dia de nossa viagem e fomos descansar para o próximo dia.

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